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Detecção de câncer de bexiga é ainda mais desafiador na pandemia

Desde o anúncio da pandemia de covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março, houve redução de 70% no número de cirurgias relacionadas a tratamentos oncológicos, além de queda que varia entre 50% e 90%, dependendo do local, de análises de biópsias. Estima-se que ao menos 50 mil brasileiros deixaram de receber o diagnóstico de câncer nos dois primeiros meses de pandemia[1]. Os dados são de um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) junto aos principais serviços de referência do país, nas redes pública e privada. A baixa pela procura dos serviços de saúde pode ser especialmente maléfica para o diagnóstico e tratamento do câncer de bexiga. Embora a doença apresente boas taxas de cura, sua detecção precoce é difícil, uma vez que, em fases iniciais, costuma apresentar sintomas sutis que geralmente são pouco valorizados pelo paciente, como a presença intermitente de sangue na urina. Apesar