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Obra na Orla da praia de Peruíbe continua no papel

   Já faz um ano que a prefeitura anunciou o projeto que visa mudar calçada e avenida da orla da praia e até agora nada aconteceu. Mas será que a obra é prioritária para o momento em que vive Peruíbe e a população quer esse projeto? 


   Fomos conferir a opinião das pessoas que trabalham e moram perto da praia. Maioria além de desconhecer o projeto, não gostou da ideia de tirar um sentido da avenida de ambos os lados. 

   “Na há necessidade de mexer aqui. A avenida da praia é ótima assim. Só precisa mesmo é de iluminação de qualidade”, explica Geraldo que mora há 35 anos em Peruíbe. 

   Marcelo trabalha em quiosque e acredita que “a obra vai só atrapalhar e no final nem vai ficar concluída 100%. Vai ser mais uma obra incompleta na cidade, pode apostar”

   A ideia do projeto também é construir um calçadão com passarela até o mar, ampliação da calçada de pedestres com espaço exclusivo para deficientes. 

O projeto foi anunciado com o custo total de R$ 20 milhões e que seria com verba do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (DADE), orgão ligado ao governo estadual. 

   A prefeitura conseguiu liberação de R$ 3,7 milhões para a 1ª fase que depende do processo licitatório. A assessoria de imprensa da administração diz que a previsão é que comece no segundo semestre e que o projeto visa mais espaço para recreação. 

   “A proposta é garantir mais espaço para a circulação de pedestres e ciclistas, para que as pessoas tenham um ambiente mais adequado para o lazer, atividade esportiva e recreação. As faixas de pedestres serão construídas paralelamente às calçadas, melhorando os acessos à orla marítima por pessoas com mobilidade reduzida”.

Revitalização 

 O projeto promete um sistema de iluminação, com lâmpadas mais econômicas e modernas. E também a construção de um centro de convivência, áreas de entretenimento, nova ciclovia, locais para a prática de esporte, bolsões de estacionamento e paisagismo. 

A revitalização promete ser em toda a orla marítima da cidade, porém, inicialmente será só o trajeto entre a Rua Faustino Silva (Centro) e a Avenida Brasil (Stella Maris). 

 Resposta 


 A prefeitura afirma que “a orla da praia é o nosso maior cartão postal e precisa ser valorizado. Todo processo de audiência pública ou consulta pública requer tempo, o que demandaria, neste caso, atraso na elaboração e liberação do projeto por parte do Governo do Estado para encaminhar o recurso ao município.

Se este processo for lento, e não cumprir as datas impostas pelo Governo, o município pode até perder o montante que seria destinado à obra. Nossa equipe foi ágil e preparou um extenso projeto de revitalização da orla, valorizando áreas de lazer e esporte, afi nal somos uma cidade com vocação turística e que busca oferecer qualidade de vida e bem-estar a seus munícipes e visitantes. 

Vale ressaltar que a administração municipal mantém o departamento de Cidadania para captar informações dos bairros e suas necessidades. Isso, como parte do planejamento das diversas ações realizadas ao longo do ano, como limpeza de ruas, iluminação e outro”.

 Discorda


 O engenheiro e, vereador André de Paula discorda do projeto, pois ele acredita que o governo municipal tem que estabelecer prioridades. 

 “O que é mais importante para a cidade neste momento? Pode ser que se tenha 10 projetos importantes para a acidade, então vai ter que fazer a escala de um a dez e até abrir mão de bons projetos as vezes. Esse projeto não é prioritário, mas é um bom projeto mas precisa ser mexido um pouco, por exemplo tirar as vagas em diagonal para aumentar a calçada, mas a iluminação tem que ser feita", afirma.

 Além disso, André acredita que a cidade é privilegiada em ter uma orla da praia com faixa dupla nos dois sentidos. “Arrebentar tudo, eliminar uma via, isso eu discuto porque nós temos uma cidade que é uma das pouquíssimas que possui faixa dupla na orla da praia”. E tem outros pontos que André enxerga outras prioridades, até na própria orla da praia. 

 “Na última chuva forte a água ocupou toda a pista do lado da praia, ficamos com uma pista só. Porque paralelo a avendia da praia, nós temos um canal que é na Avenida Inpêndencia e esse canal tem mais de 40 anos, com uma vazão pequena e a cidade triplicou de população. Ele não aguenta nem uma chuva de médio porte. Esse canal precisa ser estudado e redimensionado. 


Do que adianta ter uma obra linda lá na praia e quando chove não dá para ninguém entrar? Então tem que ter o pé no chão. Será que não é mais prioritário eu impedir que água entre na casa das pessoas? Que é um grande constragimento. E é possível com R$ 4 milhões olhar pelo Guaraú, Trilha do Costão, Barracas Velhas”, questiona.


Nota: Esta matéria foi publicada em maio no Jornal BEM-TE-VI

Texto: Lucas Galante
Fotos: Lucas Galante e Divulgação

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